Com o avanço da tecnologia, a produção de dados se tornou algo natural em todas as rotinas da empresa, seja no setor financeiro, no RH, na área criativa, na logística. Se tem um celular, um computador ou um motor ligado no departamento, existem dados. Nesse sentido, é essencial pensar em implementar uma cultura Data Driven que consiga oferecer insights e decisões assertivas sobre as medidas adotadas na empresa. Essa é a filosofia da cultura Data Driven!
E os benefícios não param por aí! Além de proporcionar boas tomadas de decisão, com essa metodologia é possível ter maior conhecimento sobre o cliente, construir táticas de vendas mais eficazes e analisar resultados de forma verdadeira e transparente. No médio e longo prazo, é isso que viabiliza um crescimento sólido e sustentável da empresa, já que a cultura Data Driven pode ser aplicada em todo o ecossistema da organização.
Como o próprio nome sugere, essa prática deve realmente ser implementada como uma cultura, com estrutura e formas de avaliação. Quando isso acontece, os resultados são ainda mais consistentes.
É o que mostram as pesquisas. Uma delas, o levantamento feito pela empresa norte-americana Forrester, aponta que as empresas guiadas pelo Data Driven crescem 30% ao ano!
Neste artigo, você saberá o que é a cultura Data Driven, suas principais vantagens e como implementar na sua empresa. Boa leitura!
O que é cultura Data Driven?
A cultura Data Driven é um modelo de gestão que uma instituição adere com o objetivo de transformar dados em informações cruciais para deliberações.
Esse novo conceito pode ser novo para alguns, mas as práticas dessa metodologia já são conhecidas pelo mercado há vários anos. Trata-se de uma extensão da ciência de dados, feita por meio de ferramentas de:
- Big Data;
- Inteligência Artificial;
- Machine Learning;
- Business Intelligence;
Quem começa a usufruir dos benefícios da cultura Data Driven, desiste de levar a administração na intuição ou achismo. Isso porque, assim como os conhecimentos citados, a partir de dados e números, as empresas ganham inteligência de negócio e adquirem maiores insumos e argumentos para justificar suas estratégias e processos.
No entanto, implementar essa cultura não é algo tão simples e requer esforço e força de vontade das equipes, que precisam se unir em torno desse objetivo em comum. Vale destacar que os dados não existem para criar conflitos nos times ou para colocar colaborador contra colaborador, e sim para que trabalhem juntos na resolução do que não anda bem e aproveitem o que flui dentro do esperado.
O que significa ser da cultura Data Driven?
Ser Data Driven significa, acima de tudo, ter a capacidade de interpretar os dados para que eles indiquem o caminho que precisa ser seguido a fim de garantir melhores resultados para a empresa. Não basta somente fazer a coleta dos dados ou apenas dizer que eles são importantes. É necessário ter processo. A correta armazenagem e a análise para a posterior utilização desses dados é fundamental.
Organizações de diversas naturezas estão se alinhando à cultura Data Driven para aumentar os seus lucros e o engajamento das equipes. De empresas de logística, passando por gigantes do vestuário esportivo, da tecnologia e dos fenômenos mais recentes do streaming de música, filmes e séries, a cultura Data Driven está se tornando a principal forma de organização das empresas. Até áreas da saúde, por meio da telemedicina, por exemplo, está embarcando nessa nova era.
Para entender o que significa ser Data Driven, vamos conhecer duas empresas que usam os dados para melhorar tanto sua relação com o consumidor, quanto para aumentar seus lucros. Um exemplo que faz muito sucesso é a cultura usada pelo Google. Além de saber quais são as principais pesquisas, o tempo que cada usuário passa nos sites e uma série de outros fatores, o Google ainda consegue monetizar anúncios com essas informações coletadas diariamente.
Outro exemplo de sucesso absoluto é o caso da gigante do entretenimento Marvel. Eles possuem uma cultura Data Driven que analisa dados dos fãs para criar os filmes que são recordes de bilheteria mundialmente. A empresa não apenas conhece as expectativas de seus fãs, como trabalha para superá-las.
Como implementar uma cultura Data Driven na empresa?
A essa altura você já deve ter percebido a importância não só dos dados, mas da cultura Data Driven, não é mesmo?
Como vimos, a criação de uma cultura Data Driven vai muito além da coleta de dados. Em primeiro lugar, é necessário implementar uma cultura empresarial que contemple todos os funcionários trabalhando com a mesma mentalidade. Todo colaborador precisa saber da importância de levar os dados com seriedade, seja no pré, durante ou pós qualquer operação.
As culturas empresariais muito fechadas ou engessadas, que não se abrem às inovações trazidas pelas novas tecnologias, dificilmente conseguem implementar com sucesso as decisões com base em dados e acabam ficando atrás na concorrência em relação às que o fazem.
O ideal é que o uso de dados comece a ser aproveitado por todos os setores da empresa simultaneamente. Engajar toda a equipe e prepará-la para o uso correto das informações em várias etapas da organização de um empreendimento é fundamental para o êxito da cultura.
Para começar a implementação, os exemplos precisam vir dos líderes. Depois, os setores ramificados conseguem adotar as práticas da cultura Data Driven.
Quais são as etapas para a criação de uma cultura Data Driven?
A criação de uma cultura guiada por dados, como você acabou de ver, começa no topo da empresa. Não deve ser uma imposição, mas uma decisão horizontal que visa o bem comum de todos os colaboradores.
São os diretores executivos que usam os dados para tomar suas decisões, analisam esses dados com suas equipes de lideranças e deixam claro que esperam que seus funcionários façam o mesmo. Os líderes funcionam como exemplos.
Mas, além disso, existem ainda outras etapas a serem seguidas para implementar uma cultura Data Driven.
1 – Trace seu planejamento para o uso dos dados
Não é à toa que os dados costumam ser comparados com petróleo. Enquanto o petróleo está dentro da terra, ele não é de grande serventia. Para que ele se torne um produto relevante ao consumidor final, como a gasolina ou o gás de cozinha, ele precisa passar por muitas etapas.
O petróleo precisa ser retirado, levado para uma refinaria, separado entre seus vários subprodutos, tratado e transportado até as empresas que vendem para o consumidor final. Os dados são a mesma coisa. Sem o tratamento certo, eles não servem de nada. Eles precisam ser coletados, armazenados, analisados e colocados à disposição dos setores de uma empresa para que possam ser utilizados.
Porém, saber o que você procura e qual pergunta essencial você quer responder com a análise dos dados é necessário para começar a sua implementação de cultura Data Driven.
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2 – Aposte em tecnologias
Para coletar, armazenar e organizar seus dados, você precisa de um sistema tecnológico eficiente. O mercado já oferece muitas possibilidades de softwares que se adequam a empresas de tamanhos e organizações variados. Esses programas, além de organizarem seus dados, ajudarão a garantir o cumprimento da LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados.
3 – Compartilhe os resultados com todas as equipes da empresa
Se você deixar a análise dos dados parada em apenas um setor da companhia, dificilmente conseguirá construir uma cultura Data Driven. Isso porque as pessoas só conseguem se identificar com o que fazem parte. Assim, motivar diferentes níveis e áreas de um negócio nas tomadas de decisão baseadas em dados é o que faz a diferença na cultura empresarial.
4 – Ofereça treinamento para os colaboradores
Para mudar a forma como os funcionários de uma empresa pensam e atuam, os treinamentos são muito úteis. Apesar disso, não adianta treinar os colaboradores antes de estabelecer a estrutura que será utilizada na coleta de dados.
Fazer os treinamentos imediatamente antes de poder colocar o conhecimento adquirido em prática, ajuda a automatizar os novos processos com mais eficiência.
5 – Use a análise de dados para ajudar os funcionários
Os dados podem ajudar não somente na relação com os clientes, mas também com os funcionários. Quando você mostra para os membros da sua equipe que aprender a usar os dados pode otimizar tempo, diminuir a necessidade de refazer trabalhos já finalizados ou deixar as informações essenciais mais acessíveis, o engajamento acontece de forma espontânea.
Quais os benefícios da cultura Data Driven?
A cultura Data Driven oferece modelos diferentes de estudo de dados, como a análise preditiva, a descritiva, a prescritiva e a diagnóstica. Dependendo da sua meta e da sua estratégia para o uso dos dados, você utilizará um tipo de interpretação ou a combinação de diferentes tipos.
Os benefícios do uso dos dados na tomada de decisões são muitas. Com essa estratégia, você consegue, por exemplo:
- Otimizar processos;
- Diferenciar sua empresa da concorrência;
- Incrementar a experiência do consumidor;
- Melhorar a percepção do cliente;
- Ter produtos novos e criativos que atendam a demanda dos consumidores;
- Reduzir custo e tempo;
- Nichar e fidelizar seus clientes.
Quando a análise dos dados é feita, ela permite uma maior compreensão de como todos os recursos usados pela empresa estão sendo utilizados. Dessa forma, é possível aproveitar o tempo e o dinheiro, evitando desperdício e aumentando a produtividade. O tempo gasto na realização das tarefas cotidianas dentro de uma empresa também pode ser otimizado com o uso de dados.
Todas as vantagens e benefícios atribuídos à utilização de uma cultura Data Driven por qualquer tipo de negócio estão relacionadas a uma maior competitividade no mercado e maior credibilidade da marca, já que, além de resultados melhores, os consumidores passam a ver a empresa com seriedade, pois busca suas soluções e direções em números e dados.
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